Sem traquejo político e mal assessorado em relação à disputa para presidência da Câmara, o prefeito Eduardo Hagge (MDB), quase viu seu candidato a presidente da Casa, Luciano Almeida (MDB), ser derrotado por uma chapa que fez oposição ao nome de Almeida.

A chapa foi articulada pelo ex-prefeito Rodrigo Hgge (MDB), que inicialmente teria como candidato o vereador Valquirão (MDB). Com a desistência de Valquirão, o vereador Tarugão (MDB), concorreu ao pleito, obtendo 7 votos.

Luciano foi eleito presidente do Legislativo com 8 votos. O processo representou uma derrota para o prefeito Eduardo Hagge, que por pouco, não assistiu seu candidato, Luciano Almeida, ser derrotado.

Com 9 vereadores eleitos na base do atual prefeito, não precisava atrair nenhum vereador eleito pela oposição para votar em seu candidato. Talvez a ida de vereadores da oposição para compor o grupo do prefeito causou uma certa desarmonia dentro do grupo do atual gestor.

Outro ponto que mostra o amadorismo de Eduardo Hagge e de seus assessores, foi inicialmente entregar o processo de articulação para presidente da Câmara ao seu sobrinho Rodrigo Hagge. Quando viu que iria se dar mal, o próprio Eduardo tirou Rodrigo de cena, porém, se cercou de gente incompetente e sem credibilidade na política local, o que talvez lhe ajudou a criar uma ciumeira dentro do seu próprio grupo, quase levando seu candidato à derrota para o candidato que tinha o apoio do ex-prefeito Rodrigo.

Seus “articuladores” garantiam uma vitória de 10 votos para Luciano, mas, o presidente eleito teve que se contentar com apenas 8. 

Rodrigo foi pressionado e não pode fazer muita coisa 

De acordo se comenta nos bastidores, em determinado momento, o ex-prefeito Rodrigo que não apoiou a chapa de Eduardo, chegou a ser pressionado. Luciano teria que ter os votos. Rodrigo não teve como peitar, uma vez que sua esposa poderia perder o cargo de secretária no atual governo.

De qualquer forma o processo de eleição para presidência da Câmara expôs ainda mais o racha dentro do grupo do MDB, além de mostrar a fraqueza e falta de articulação do inexperiente prefeito Eduardo.

Se por acaso, o próprio Rodrigo pensar em ser candidato à prefeitura em 2028 novamente, o atual gestor terá dificuldade em governar, pois terá uma base na Câmara bastante dividida, por influência de Rodrigo. Como é um político sem experiência, é melhor o atual prefeito se atentar a isso.

Outra questão, é o atual prefeito ficar atento em relação aos aproveitadores de plantão da política itapetinguense: gente que não tem boa fama nesse meio e só pensa em levar vantagem pessoal.

Por Roberto Alves