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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a rejeição de dois recursos apresentados pela defesa de Jair Bolsonaro (PL) para que os ministros do Supremo Tribunal Federal Cristiano Zanin e Flávio Dino não participem do julgamento da denúncia de uma suposta tentativa de golpe de Estado.

O PGR afirmou também que os recursos devem ser analisados na Primeira Turma do STF, e não no plenário, como pediram advogados. Além de Zanin e Flávio Dino, fazem parte da 1ª Turma os ministros Luiz Fux e Carmen Lúcia.

A defesa do ex-mandatário alegou que os dois ministros já processaram o político da extrema-direita no passado. No mês passado, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, também negou o pedido feito pela defesa de Bolsonaro, que recorreu. Mas, conforme o procurador, os advogados apenas repetiram “genericamente as razões dos pedidos anteriormente formulados”.

A PGR denunciou Bolsonaro e mais 33 pessoas no inquérito do plano golpista. O ministro Cristiano Zanin marcou para o dia 25 de março o julgamento da denúncia contra Bolsonaro e mais 6 investigados no inquérito do plano golpista – Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência – Abin), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal), General Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Mauro Cid (delator de ex-ajudante de ordens de Bolsonaro) e Paulo Sérgio Nogueira (general do Exército e ex-ministro da Defesa).

Os magistrados avaliarão se aceitam ou não as acusações. Se a denúncia for aceita, Bolsonaro e os outros denunciados passarão a ser réus.

Fonte: 247

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