No Diário Oficial de ontem saíram duas exonerações de secretários da equipe de Rui Costa (PT). Mas diferente de Fernanda Mendonça, que no início da semana deixou as funções na Secretaria de Agricultura por conta do racha de Rui com a Executiva do PDT, Josias Gomes (PT) e Nelson Pelegrino, na próxima semana, retornarão às funções nas pastas de Relações Institucionais e Turismo, respectivamente. Ambos os petistas precisaram se desligar dos cargos comissionados para assumirem suas cadeiras na Câmara Federal.
Caso isso não ocorresse, eles ficariam impossibilitados de reaver seus mandatos após se desligarem, em definitivo, das funções comissionadas. Agora o destino momentâneo de Gomes e Pelegrino é Brasília. Os dois desbancaram os suplentes Fernando Torres (PSD) e Davidson Magalhães (PCdoB), que não poderão votar na eleição que elegerá o futuro presidente da Câmara Federal. Os deputados Eduardo Cunha (PMDB) e Arlindo Chinaglia (PT) são os favoritos para o posto.
Já em Brasília, em conversa com a Tribuna, Pelegrino analisou que a disputa será quente e com possibilidade de segundo turno. “Vou participar da posse e da eleição que acontece no mesmo dia. Eu sinto que o clima está quente e existe a chance de um segundo turno duro entre Cunha e Chinaglia”, apontou.
O petista acredita que nas últimas semanas a candidatura de Chinaglia conseguiu crescer seu leque na campanha. “Ele deu um salto nesses últimos dias, por isso acredito na possibilidade de um segundo turno”, disse ao completar que a formalização dos blocos também serão definidores no processo. “Mas só saberemos mesmo lá na hora”, concluiu.
Ambos deverão retornar para Salvador no mesmo dia e ingressarão com as licenças da Câmara para serem nomeados de volta em suas chefias no governo. Após esse processo, Torres e Magalhães terão o direito de assumirem seus mandatos e seu gabinetes, além de comporem suas equipes.