As ruas foram tomadas por quem sempre esteve no centro do alvo. Com isso, o futuro promete novos ares se continuarmos lutando.
As ruas foram tomadas no último 29 de maio. O grito do povo, ecoado em 213 cidades pelo país, deixou o recado não só para o presidente, mas para todo mundo que mantém o discurso negacionista, racista e genocida.
O povo cansou de apanhar calado, cansou de ver mais de 14 milhões de famílias vivendo na extrema pobreza, de não ter emprego, vacina e boas ações do Governo Federal. Foi gritando “vacina no braço e comida no prato” que o #29M foi um sucesso para além da política partidária. Artistas, militantes, trabalhadores, movimentos sociais, universidades, enfim: o povo!
Questionaram sobre a segurança sanitária para a realização. Uma cena, logo no início do ato, me chamou a atenção: o artista Gregório Duvivier distribuía máscaras PFF2 para as pessoas que não tinham o modelo. No geral, todos e todas gritando com suas máscaras no rosto, além de terem diversas pessoas com borrifadores de álcool para os manifestantes.
Ainda assim, os pobres e favelados, na sua grande maioria pretos e pretas, sempre viveram em condições de sobrevivência. Por essa simples condição social e de raça estão expostos à letalidade de uma sociedade e seus governos que atiram primeiro e perguntam depois.
Tiago Santana,
presidente do PT carioca